HOMENAGEM A FINA D'ARMADA
Historiadora, investigadora, professora, cronista e poetisa
(09.04.1945 - 07.03.2014)
Eu sou a voz e o eco dum tempo novo
que renasce vibrante do fundo dos tempos.
Eu sou a voz do murmúrio dos pinhais
que bate nas urzes dos montes de Arga.
Sou a voz do vento que assobia nos prados
ondulando os milhos plantados em linha
e a erva para o gado que cresce nos pauis.
Sou a voz do ralo, do grilo, sou a voz das aves
que quebram os silêncios de madrugadas azuis.
Sou a voz da água das fontes da Armada
cantando por regos entre erva não semeada.
Sou a voz que brama do mar por terras de Âncora,
a voz do oceano chamando barcos e vidas
que partem sem medo em busca de pão.
Eu sou a voz-natureza que nasceu do povo,
sou a voz da mulher que agora tem som,
eu sou a voz e o eco dum tempo novo.
Fina d’Armada
Ao saber a noticia, logo pela manhã, da morte da Fina D' Armada, uma emoção imensa me invadiu. Tristeza funda pela perda irreparável da MULHER , de alma e de corpo inteiros que, nos seus romances, nas participações cívicas, na escola, na UMAR, nunca deixou de, bem alto, sem medos, proclamar os Direitos Humanos. E, por isso, esteve, sempre, no lado da luta contra todas as formas de violação e de humilhação dos seres humanos. E das mulheres, em particular.
ResponderEliminarA Civitas Braga, não pode deixar de a homenagear, tendo-a como exemplo e como inspiradora, nas suas lutas na defesa e promoção dos Direitos e da Cidadania.